Portugal
Oficialmente República Portuguesa, é um país soberano unitário
localizado no Sudoeste da Europa, cujo território se situa na zona
ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte.
Capital: Lisboa
Área: 91.985 km²
Moeda: Euro
População: 10,31 milhões (2021)
O
território português tem uma área total de 92 090 km², sendo delimitado
a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico,
compreendendo uma parte continental e duas regiões autônomas: os
arquipélagos dos Açores e da Madeira. Portugal é a nação mais a ocidente
do continente europeu. O nome do país provém da sua segunda maior
cidade, Porto, cujo nome latino era Portus Cale.
O território dentro das fronteiras atuais da República Portuguesa tem
sido continuamente povoado desde os tempos pré-históricos: ocupado por
celtas, como os galaicos e os lusitanos, foi integrado na República
Romana e mais tarde colonizado por povos germânicos, como os suevos e os
visigodos.
No século
VIII as terras foram conquistadas pelos mouros. Durante a Reconquista
cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino
da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do
Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143.
Em 1297
foram definidas as fronteiras no tratado de Alcanizes, tornando Portugal
no mais antigo Estado-nação da Europa. Nos séculos XV e XVII, como
resultado de pioneirismo na Era dos Descobrimentos.,
Portugal
expandiu a influência ocidental e estabeleceu um império que incluía
possessões na África, Ásia, Oceania e América do Sul, tornando-se a
potência econômica, política e militar mais importante de todo o mundo.
O Império Português foi o primeiro império global da história14 e também
o mais duradouro dos impérios coloniais europeus, abrangendo quase 600
anos de existência, desde a conquista de Ceuta em 1415,15 até à
transferência de soberania de Macau para a China em 1999. No entanto, a
importância internacional do país foi bastante reduzida durante o século
XIX, especialmente após a independência do Brasil, a sua maior colônia.
Com a Revolução de 1910, a monarquia terminou, tendo desde 1139 até
1910, 34 monarcas.
A
Primeira República Portuguesa foi muito instável, devido ao elevado
parlamentarismo. O regime deu lugar à ditadura militar graças a um
levantamento em 28 de Maio de 1926. Em 1933, um novo regime autoritário,
o Estado Novo, presidido por Salazar até 1968, geriu o país até 25 de
Abril de 1974. A democracia representativa foi instaurada após a
Revolução dos Cravos, em 1974, que terminou a Guerra Colonial
Portuguesa. As províncias ultramarinas de Portugal tornaram-se
independentes, sendo as mais proeminentes Angola e Moçambique.
Portugal é um país desenvolvido, com um Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) considerado como muito elevado.
O país é
classificado na 19.ª posição em qualidade de vida, tem um dos melhores
sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais globalizadas
e pacíficas do mundo.
É membro
da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (incluindo a
Zona Euro e o Espaço Schengen), da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (NATO), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Portugal também participa em diversas missões de manutenção de paz das
Nações Unidas.
Situado
no extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental faz fronteira apenas
com um outro país, Espanha a Este e a Norte, a Oeste e a Sul é limitado
pelo Atlântico. O território é dividido no continente pelo rio
principal, o Tejo.
A norte,
a paisagem é montanhosa nas zonas do interior com planaltos,
intercalados por áreas que permitem o desenvolvimento da agricultura. A
sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado por planícies, sendo as
serras esporádicas. Outros rios principais são o Douro, o Minho e o
Guadiana, que tal como o Tejo nascem em Espanha. Entre os rios que têm
todo o seu percurso no território Português temos o Vouga, o Sado, o
Zêzere e o maior, o Mondego (estes últimos nascem na Serra da Estrela, a
montanha mais alta de Portugal Continental — 1 993 m de altitude máxima,
e a 2.ª mais alta de Portugal — apenas atrás da Montanha do Pico, nos
Açores).
Portugal
é um dos países europeus mais amenos: a temperatura média anual em
Portugal continental varia dos 13 °C no interior norte montanhoso até 18
°C no sul, na bacia do Guadiana. Os Verões são amenos nas terras altas
do norte do país e na região litoral do extremo norte e do centro. O
Outono e o Inverno são tipicamente ventosos, chuvosos e frescos, sendo
mais frios nos distritos do norte e centro do país, nos quais ocorrem
temperaturas negativas durante os meses mais frios. No entanto, nas
cidades mais ao sul de Portugal, as temperaturas só muito ocasionalmente
descem abaixo dos 0 °C, ficando-se pelos 5 °C na maioria dos casos.
O turismo
continua a ser um setor econômico extremamente importante para Portugal,
sendo que o número de visitantes deverá aumentar significativamente nos
próximos anos. No entanto, há uma crescente concorrência com destinos do
Leste Europeu, como a Croácia, que oferecem atrativos semelhantes, mas
que muitas vezes são mais baratos. Consequentemente, o país é quase
obrigado a se concentrar em suas atrações de nicho, como a saúde, a
natureza e o turismo rural, com o objetivo de permanecer à frente dos
seus concorrentes.
A
gastronomia é muito rica em variedade e do agrado de nacionais e
estrangeiros em geral. Cada zona do país tem os seus pratos típicos,
incluindo os mais diversificados alimentos, passando pelas carnes de
gado, carneiro, porco e aves pelos variados enchidos, pelas diversas
espécies de peixe fresco (sardinha e carapau) e marisco. O bacalhau é
dos peixes mais consumidos, existindo imensos pratos à base deste peixe.
Entre os queijos sobressaem os da Serra da Estrela, de Azeitão e de São
Jorge, entre muitos outros.
Portugal é um país fortemente vinícola, sendo célebres os vinhos do
Douro, do Alentejo e do Dão, os vinhos verdes do Minho, e os licorosos
do Porto e da Madeira. Na doçaria, entre uma enorme variedade de
receitas tradicionais, são muito famosos os chamados Pastéis de nata (ou
pastéis de Belém, assim denominados na região de Lisboa apenas,
mantendo-se o segredo da sua confeção bem guardado), assim como os ovos
moles de Aveiro, o pastel de Tentúgal, a sericaia ou o pão-de-ló de Ovar,
a par de muitos outros.238 239 Muita da doçaria foi criada nos antigos
conventos.
Entre os pratos típicos são de destacar o cozido à portuguesa, o
bacalhau à Brás, à Gomes de Sá ou em pastéis, as espetadas da Madeira, o
cozido vulcânico dos Açores (São Miguel), o leitão assado à moda da
Bairrada os rojões de Aveiro e do Minho, a chanfana da Beira, a carne de
porco à alentejana, os peixes grelhados muito consumidos no litoral, as
tripas (da região do Porto), as pataniscas (da região de Lisboa) ou o
gaspacho (do Alentejo e Algarve). A cozinha portuguesa influenciou
também outras gastronomias, tais como a japonesa, com a introdução da
tempura.
Cultura e
Tradições Portuguesas
O fado, o
folclore, os azulejos, a literatura, a arte manuelina são algumas das
manifestações e símbolos autênticos da Tradição Portuguesa e de
contribuição para o Património Mundial. Os Produtos Tradicionais
Portugueses cruzaram gerações.
Cada país
tem os seus costumes e tradições e Portugal não foge à regra.
Costumes
portugueses
Selecionamos os principais costumes e tradições de Portugal, para que
possa conhecê-los e saber mais sobre a cultura portuguesa.
Danças
Tradicionais
Do norte ao sul do país, são muito populares as danças tradicionais, por
expressarem um pouco da alma das diferentes regiões. Uma das mais
conhecidas é a dos Pauliteiros de Miranda, um grupo de oito homens das
Terras de Miranda, que dançam ao som da gaita-de-foles, caixa, bombo e
castanholas, retratando momentos históricos da região. Vestem uma saia
bordada, camisa de linho, colete de pardo, botas de cabedal, meias de
lã, um chapéu, e usam os dois paus (palos) para dançar.
Outra dança bastante popular é a dos Caretos de Podence, personagens
características do Nordeste Transmontano e do Alto Douro, que remontam
aos celtas, na época pré-romana. No carnaval, os homens usam máscaras
vermelhas, amarelas, verdes ou pretas, feitas de couro, madeira ou
latão, e vestem fatos de colchas com franjas de lã, de cores garridas. O
disfarce termina com uns chocalhos à cintura, que fazem o tão conhecido
som dos Caretos.
Outros exemplos são o Vira do Minho, o Bailinho da Madeira, o Corridinho
do Algarve, o Fandango do Ribatejo, o Vira da Nazaré, a Chula do Douro,
a Moda das Saias (comum a várias regiões do país), o Bailarico Saloio, A
Farrapeira e a Tirana.
Azulejos
Portugueses
O azulejo é uma das imagens de marca do país e cobre as paredes de
muitos dos edifícios públicos e monumentos portugueses, retratando
diferentes momentos da História. Foi introduzido no país no início do
século XVI, por influência das oficinas flamengas e espanholas, mas
rapidamente Portugal aprendeu o seu método de fabrico e fez as suas
próprias criações. É uma peça de cerâmica, normalmente quadrada, com uma
das faces vidradas e assume tradicionalmente a dimensão de 15*15. Ao
longo do tempo, passou a ser aplicado regularmente como peça decorativa,
de diferentes dimensões e padrões.
Galo de
Barcelos
Reza a lenda que, na época medieval, um peregrino, que se dirigia até
Santiago de Compostela, foi salvo da forca, quando o cantar de um galo
se fez ouvir. Foi assim que nasceu o Galo de Barcelos, uma figura em
barro, que remonta à região de Barcelos, mas que representa o país
internacionalmente.
Artesanato
Com uma grande ligação à cultura popular, o artesanato português é muito
característico sobretudo das zonas rurais. Cada região tem a sua própria
arte, transmitida essencialmente de forma oral, de geração para geração.
São muito populares, por exemplo, os tapetes de Arraiolos, que surgiram
antes do século XVII e seguem uma técnica de costura intitulada o ponto
de Arraiolos, bem como a filigrana portuguesa, uma tradição viva de
joalharia na região norte, e que resulta de fios muito finos e pequenas
bolas de metal. Mas Portugal distingue-se em várias outras artes para
além da tapeçaria e a joalharia, como a cerâmica, as rendas e os
bordados.
Doces
Conventuais
Os doces conventuais são uma das tradições portuguesas mais antigas e
mais apreciadas por todos. Acredita-se que a maioria dos doces são
criações de frades e freiras, a partir do açúcar e gemas de ovos que
chegavam aos conventos (as freiras usavam as claras para tratar da sua
roupa), juntando-se amêndoa ou outros frutos secos. São vários e de
várias regiões de Portugal, mas entre os mais populares estão o pastel
de Belém, o pastel de Santa Clara, o papo de anjo e o toucinho do céu.
Festas e
romarias
Portugal é um país com muitas festas e romarias, de origem sobretudo
religiosa. Entre as mais conhecidas, estão as festas dos Santos
Populares — em Lisboa, chamam-se as festas de Santo António, já que este
terá nascido em Lisboa no fim do século XII. Assim, durante o mês de
junho, as pessoas saem à rua para dançar e comer sardinhas, regadas a
vinho e sangria, mas o ponto alto são as marchas populares, no dia 12 de
junho. No Porto, esta festa chama-se Véspera de São João e tem lugar no
dia 23 de junho, para celebrar o nascimento de João Batista. Festeja-se
também em Braga e em Vila do Conde, com marchas populares, sardinhas e
arraiais na rua.
Gastronomia
Portugal é também conhecido pela variada e diversificada gastronomia,
que acaba por ser uma mistura de influências mediterrânicas, mas também
orientais, pela introdução das especiarias, na altura dos
descobrimentos. Na gastronomia portuguesa come-se muito peixe, nas zonas
junto à costa, e carne, no interior, dada a qualidade de gado bovino,
ovino e suíno. Come-se também muitos legumes e leguminosas, sobretudo
através da sopa, parte fundamental da dieta dos portugueses.
Vinho do Porto
É um vinho licoroso, fortificado, produzido a partir das uvas da Região
Demarcada do Douro, que fica a mais ou menos 100 km da cidade do Porto.
Trata-se de um vinho especial, por resultar de um processo de
fermentação diferente — a fermentação é interrompida dois ou três dias
depois do início, pela junção de aguardente vínica neutra. E é esta
combinação que o torna particularmente doce e mais forte do que um vinho
normal. Armazenada nas caves de Vila Nova de Gaia, deve o seu nome à
cidade do Porto, por ter sido a partir dali que foi exportado para todo
o mundo.
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