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Galiza

Comunidade autônoma espanhola


A Galiza, uma comunidade autônoma no noroeste da Espanha, é uma região verdejante com uma costa atlântica. A catedral da capital regional Santiago de Compostela é o suposto local de sepultamento do apóstolo bíblico São Tiago Maior, e destino para aqueles que percorrem a rota de peregrinação dos Caminhos de Santiago. Os penhascos ocidentais do Cabo Finisterra eram considerados pelos romanos o fim do mundo conhecido.

 

Área29.575 km²
CapitalSantiago de Compostela
População2,7 milhões (2019) Eurostat
Faculdades e universidadesUniversidade de Santiago de Compostela,

 

História: A palavra “Galiza” vem do celta galaicos (atualmente galeg

os), povo que lá vivia quando a região foi conquistada pelas legiões romanas (cerca de 137 a.C). ... A partir do ano de 410, aproximadamente, na Galiza formou-se o reino independente dos suevos, que foram dominados pelos visigodos em 585.

 

3 razões pelas quais Portugal e a Galiza deveriam ser um único país

Portugal tem uma forte conexão histórica com a Galiza, já que o Reino de Portugal se converteu num estado independente em 1143 a partir do primogênito Condado Portucalense, que antes era parte do Reino da Galiza. Naquela altura, o Condado Portucalense já se estendia desde o rio Minho e Trás-os-Montes até ao Condado de Coimbra e Viseu. Visitar a Galiza é como entrar num país que nos é familiar, tantas são as semelhanças entre esta região espanhola e Portugal.

Porém, consumada a separação entre o Condado Portucalense e o Reino da Galiza, com a aparição do Reino de Portugal, a Galiza e Portugal seguiram caminhos completamente diferentes.

O Reino da Galiza foi abolido com o tempo e incorporado plenamente na Espanha em 1833, depois dum longo processo de castelhanização a nível social, cultural e linguístico.

Porém, ainda hoje, quase um milênio depois da separação política entre Portugal e a Galiza, os cidadãos de ambos lados da fronteira compartem uma identidade cultural.

Sobretudo há a destacar que o idioma português e o galego são consideradas por alguns como línguas irmãs, derivadas do galaico-português, também denominado português arcaico; outros as consideram como duas variedades da mesma língua.

Galécia
Mas quais as razões pelas quais Portugal e a Galiza deveriam ser um único país?

1. A história em comum

Portugal e a Galiza foram, durante séculos, parte da mesma província romana, a Galécia e mais tarde foram parte do Reino Suevo. A Galécia passou de ser uma província romana a albergar um reino pelas mãos dos suevos.

A Galécia possuía proporções muito maiores do que a atual Galiza, cujos limites permaneceram praticamente intactos até ao século XII, momento no qual Portugal deixou de pertencer à Galiza e ao Reino de Leão para passar a ter personalidade própria.

2. A mesma língua
A língua galega vem do galego-português, que expandiu-se para sul juntamente com a expansão da Reconquista Cristã sobrepondo-se ao dialetos moçárabes, ou seja, à língua falada pelos cristãos sob domínio muçulmano. Era língua autóctone a norte do rio Douro e língua de colonização a sul do mesmo

Com a proclamação de Portugal como um estado independente, a Galiza ficou confinada ao extremo noroeste da península Ibérica. Portugal e Galiza perderam a sua comunicação/ligação, com esta independência, o que viria a ser crucial em termos de língua.

A Galiza por não ter conseguido albergar a capital, Braga, não passaria de uma variedade regional do castelhano. A versão centro-meridional do galego (hoje português) estabeleceu a sua capital em Lisboa em meados do século XIII, estabelecimento esse que teve um impacto irreversível em termos linguísticos.

3. Uma economia pujante
Poderíamos definir a Portugaliza como um espaço com fortes ligações históricas, geográficas, econômicas, culturais e linguísticas, espaço este que abrange Portugal e a Galiza, que se enquadra na faixa atlântica da península ibérica ,com uma população de 13 milhões e 700 mil de habitantes e um PIB de 300.000.000.

Os principais centros culturais, políticos, econômicos e acadêmicos são Lisboa, que na acepção de área urbana entre Setúbal e Torres Vedras, conta com cerca de 3 milhões de habitantes, o Porto, que na acepção de área urbana entre Espinho, Gondomar e Vila do Conde conta cerca de 1,5 milhões de habitantes, seguindo-se depois a Corunha, Vigo, Braga, Coimbra, Santiago de Compostela, Leiria e Faro.

Essa grande frente atlântica da Península, da Corunha a Faro, poderia vir a ser um imenso projeto econômico, assente numa base sociocultural única, forte e homogênea, de ordem cultural e linguística, com enorme poder de atração ao serviço da comunidade mundial dos Países Lusófonos.

 

GALÍCIA, UMA TERRA DE CULTURA E TURISMO
A Galícia é formada pelas províncias de Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra. A cidade de Santiago de Compostela é a capital, localizada na província da Corunha.

GALÍCIA E SUA HISTÓRIA MILENAR
A história da Galícia remete a tempos muito antigos. Há sítios arqueológicos, como na Caverna Eirós, onde foi relatada a presença de Neandertais. Há reservas também da era Paleolítica no Baixo Minho e em Ourense. Entretanto, a primeira grande cultura identificada foi no Megalítico (5000 a.C).

Caracterizava-se por capacidade construtora e arquitetônica, junto com algum sentido espiritual e religioso. Estima-se que esta sociedade estava organizada num tipo de estrutura de clãs. Milhares de túmulos foram identificados por todo o território, já que possuiam uma câmara funerária conhecida como Dólmen.

Galícia Celta
A cultura Celta, muito evidente até os dias atuais, veio na segunda metade da Idade do Ferro (Séc XI a.C.). Trouxeram a utilização do ferro, importado do Oriente através da migração de tribos indo-europeias. A partir de 1.200 a.C. começaram a chegar na Europa Ocidental, permanecendo até o Império Romano.

O primeiro povo Celta que invade Galícia é o dos Saefes, no século XI a.C. Os Celtas influirão sobretudo na religião, na organização política e nas relações marítimas com a Bretanha. Además, dizia-se que eram os mais difíceis de vencer de toda a Lusitânia.

A mesclagem com a Cultura Castrense: Os Castros
Construíam recintos fortificados de forma circular, providos de um ou vários muros concêntricos. Vinham precedidos geralmente de um fosso, e se situavam na cimeira das colinas e alguns costeiros.

Entre os Castros do interior, podem mencionar-se os de Castromao e Viladonga. Entre os costeiros, destacam-se os de Fazouro, Santa Trega, Baroña e O Neixón. Comum a todos eles é o fato de que o homem se adapta ao terreno e não ao contrário.

Os Galaicos: a maior resistência contra os Romanos
Estas tribos Celtas-Castrenses foram chamadas de Galaicos pelos Romanos. A designação celebra a forte resistência dada por este povo aos romanos e se estendem às restantes tribos do noroeste peninsula. A primeira referência histórica aos Galaicos é feita após o Império Romano notar a dificuldade de se vencer aquele povo.

A primeira vez que se registra uma derrota dos Galaicos foi no confronto com Décimo Júnio Bruto, que pela proeza de os derrotar, tomou o cognome de “O Galaico”. Foi então criada a divisão administrativa da Gallaecia, que tinha limites com o Douro, o Atlântico e a Tarraconensis.

A Gallaecia estava dividida em três conventus: a Lucense, a Bracarense e a Asturicense e sua capital era Braga. A divisão correspondia à divisão feita às tribos que a compunham: os ártabros, os gróvios e os astures.

Com a chegada dos suevos da Europa central no séc V, a Gallaecia deixa de ser uma província romana para se tornar finalmente um reino com a corte fixada em Braga. Após a batalha de Vouillé em 507, os visigodos são expulsos da Gália pelos francos, sob o comando de Clóvis I.

Os Muçulmanos na Península Ibérica
A expansão muçulmana, ocorreu a partir do séc VIII. Tropas islâmicas do Norte de África, sob o comando do general Tárique, cruzaram o estreito de Gibraltar e venceram Rodrigo, o último rei dos Visigodos da Hispânia, na batalha de Guadalete.

Nos séculos seguintes, os muçulmanos alargaram suas conquistas na península, tomando todo o território designado em língua árabe como Al-Andalus, que governaram por quase oitocentos anos. Os muçulmanos não conseguiram ocupar a região montanhosa das Astúrias, onde muitos refugiados resistiram.

Aí surgiria Pelágio das Astúrias, que à frente dos refugiados, venceria uma batalha covarde, restando apenas 10 soldados. Iniciou-se imediatamente um movimento para reconquistar o território perdido. A reconquista foi o nome dado a este movimento cristão, com início no séc VIII, de recuperação das terras dos Visigodos.

Surgiu a Guerra Santa, pela cruz cristã, na época das Cruzadas (1096). A reconquista do território peninsular durou cerca de 8 séculos. Em 1492 terminou com a tomada do reino muçulmano de Granada. Em Portugal, terminou com a conquista de Silves pelas forças de Afonso III, em 1253. Alguns consideram a expansão marítima portuguesa, uma continuação da Reconquista.

A evolução da geopolítica Galega
Diversas designações vieram, derivadas de Hispania e Galécia, durante a Idade Média. No século XII, começou a se fragmentar:

Em 1108 veio a independência de Portugal;
Leon (com Astúrias, Estremadura) e Castela, tornavam-se reinos;
No final do século, Galícia, Leon, Castela e Portugal já eram reinos diferentes.
Até o séc XIX, estava dividida em sete províncias: Mondoñedo, Lugo, Ourense, Tui, Santiago, Corunha e Betanzos. Depois foram reduzidas a apenas quatro. Tinha órgãos de governo próprios, sendo eles, a Junta da Galícia (Xunta de Galiza) e o Parlamento Galego. Portugal foi um destino migratório para os Galegos, desde o tempo da Reconquista.

Heranças culturais e a cultura Galega
Os idiomas oficiais são o Galego e o Castelhano. Em várias comarcas de Leon e Astúrias, fala-se também Galego. Estas comarcas foram separadas da Galícia no séc XVIII e são reivindicadas como pertencentes à nação galega.

A Galícia afirma a total distinção entre Galego e Português, porém, em 2003, é feita uma referência ao português nos documentos oficiais da Real Academia Galega. Há um movimento reintegracionista que defende a tese de que a língua portuguesa e o galego nunca se separaram realmente.

Variantes ou dialetos da mesma língua:

A região possui influência Celta e Romana, porém, diferente do resto da espanha, os árabes não deixaram marcas. O hino da Galícia por exemplo, elaborado por Eduardo Pondal, refere-se ao local como a nação de Breogán, que foi um herói Celta. Breogán (mitologia celta) creditado pela construção da mítica torre que diz-se ter conexão com a famosa Torre de Hércules. Outros relatos o citam como o fundador da cidade de Brigantium, que é a atual Corunha.

 

 

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